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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Alemanha quer ter energia limpa 

 

 

 equivalente a 14 vezes Belo Monte

 

Governo alemão vai substituir energia atômica pela solar e de biomassa.
Cidadãos podem vender energia produzida nas residências.


A decisão do governo da Alemanha de encerrar a geração de energia proveniente de usinas nucleares e diminuir a quantidade de complexos movidos a carvão, responsáveis por altas emissões de carbono, vai aumentar o emprego das energias renováveis no país, como a solar, eólica e biomassa, que saltarão dos atuais 16% de toda a matriz energética para 80% até 2050, segundo o plano oficial. A potência instalada de fontes renováveis deverá chegar a 163,3 GW.
É como se em quatro décadas a Alemanha construísse o equivalente a mais de 14 usinas com a mesma potência da de Belo Monte, que terá capacidade para produzir 11,2 GWh de energia no Rio Xingu, no Pará.
Entretanto, a falta de espaço territorial na nação mais desenvolvida da Europa (cabem quase 24 Alemanhas dentro do território do Brasil) não permite tal feito e incentiva a criatividade e o desenvolvimento tecnológico.
O assunto se tornou uma das principais bandeiras do país desde o final de maio, quando o governo de Angela Merkel anunciou o encerramento gradativo das atividades de 17 usinas nucleares até 2022. O tema já era discutido há pelo menos uma década, mas a decisão a respeito foi acelerada após o acidente nuclear ocorrido em Fukushima, no Japão.
Com isso, nos próximos anos, a tecnologia nuclear deixará de produzir 23% da energia elétrica utilizada para abastecimento da indústria e das moradias dos seus 81,7 milhões de habitantes.
energias (Foto: Eduardo Carvalho/Globo Natureza)À esquerda, exemplos de turbinas de energia eólica que funcionam em regiões da Alemanha; à direita, casas sustentáveis que são abastecidas com luz solar em bairro de Freiburg. Plano da Alemanha é aumentar para 80% da matriz energética até 2050 o uso de tecnologias limpas (Foto: Eduardo Carvalho/Globo Natureza)
Iniciativa
Para substituir a perda, o governo criou um plano determinando que 80% da matriz energética do país seja abastecida por meios renováveis até 2050 e, ao mesmo tempo, criou regras para a reduzir o consumo do país com a aplicação de melhorias na eficiência energética.
Tais tecnologias, que emitem menos gases causadores do efeito estufa, são recomendadas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), no intuito de reduzir as emissões de carbono proveniente de usinas de carvão.
Segundo dados da Associação Alemã das Indústrias de Água e Energia (BDEW), até 2010 as energias renováveis provenientes do vento, da reutilização de materiais (biomassa), da água e do sol eram responsáveis por 16% da geração de energia elétrica no país.
O aumento deve ocorrer de forma gradativa com a ajuda de regras como a que determina a implantação de placas solares em residências novas para que a luz solar gere 15% do aquecimento interno da casa, além da água quente consumida.
"Estamos abandonando a energia atômica em todo o país, mas estamos implantando um sistema que denominamos de 'tarifa ecológica', que recompensa pessoas que estão consumindo sua própria energia com meios limpos. O excedente alimenta a rede elétrica, sendo descontado do custo que a pessoa teria que pagar pelo consumo ou mesmo recebendo a quantia em dinheiro ao longo dos anos", explica a pesquisadora Ursula Eicker, da Universidade de Ciências Aplicadas de Stuttgart.

  (Foto:  )

Desenvolvimento
O aproveitamento desses recursos tornou-se prioridade para empresas, instituições de pesquisa e governos estaduais, como o de Baden-Württemberg, no sudoeste alemão.
Com uma população de 11 milhões de habitantes e alta concentração de indústrias – abriga as sedes mundiais de companhias como a Daimler (Mercedes-Benz), Porsche, Bosch, entre outras -, 40% da energia que abastece a região provém da matriz nuclear, segundo Theresia Bauer, ministra de Ciência, Pesquisa e Arte de Baden-Württemberg.
Por conta disso, há um movimento de desenvolvimento de novos produtos voltados à melhoria da eficiência energética que serão utilizados no país e, posteriormente, exportados para outras regiões, como o Brasil.
“Queremos ocupar uma posição de liderança neste contexto, desenvolvendo tecnologias em relação à energia eólica, fotovoltaica e biomassa”, disse a ministra.
De acordo com Theresia, instituições de pesquisa instaladas no estado, e que contam com robustos orçamentos anuais que estão em torno de 1 bilhão de euros, trabalham para desenvolver novos materiais para melhorar o aproveitamento da luz solar na geração de luz elétrica ou aquecimento de residências, com o intuito de baratear essa tecnologia, além de pesquisar formas de construção mais leves para imóveis ou veículos e na criação de produtos e técnicas voltadas para a energia eólica e biomassa.
Entretanto, a ministra ressalta que estudos voltados para o armazenamento destas energias são os que recebem maior atenção. “Acreditamos que esta é uma questão central para o uso de energias renováveis na produção de energia elétrica, justamente devido à falta de continuidade na geração quando não há raios solares suficientes ou ventos para movimentar as turbinas. Uma grande parte dos investimentos está voltada para esta área”, afirma.
Therezia Bauer (Foto: Eduardo Carvalho/Globo Natureza)A ministra de Baden-Württemberg,
Therezia Bauer
Energia nuclear no Brasil
Os planos da Alemanha de eliminar a energia atômica de seu país também poderiam respingar no Brasil?
A empresa estatal Eletronuclear e a companhia alemã Siemens são responsáveis por construir o complexo nuclear de Angra 3, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, previsto para ser finalizado até 2015 e que custará R$ 6,1 bilhões.
O Ministério de Minas e Energia do Brasil pretende ainda implantar quatro novos complexos atômicos, sendo dois no Nordeste e mais dois no Sudeste.
A obra no litoral fluminense é criticada por ambientalistas brasileiros e alemães, mas, segundo a ministra de Baden-Württemberg, o contrato firmado entre a Siemens e o governo do Brasil será honrado.
“Nossos contratos serão cumpridos. Agora, o que é errado é abandonarmos a energia atômica no nosso país e continuar com sua exportação para outras regiões. Se acreditamos que não é uma tecnologia sustentável, a tendência é que essa exportação não seja continuada”, diz Theresia Bauer.
Ela complementa ainda que os aspectos de segurança e de tratamento de resíduos ainda serão temas pesquisados e discutidos na Alemanha por muito tempo. “Vamos lidar com os aspectos de segurança deste tema por muito tempo, além da situação dos depósitos de resíduos. Essas questões são importantes para a nossa sociedade”, disse.

Organizações dizem que Brasil 

 

 

desperdiça potencial de energia limpa

 

 

 

Relatório de ONGs afirma que energias solar e eólica são subaproveitadas.
Texto aponta que sistema atual de geração de energia tem grandes perdas.


Relatório elaborado por organizações não governamentais, divulgado nesta segunda-feira (12), aponta que o Brasil não aproveita seu potencial de geração de energia solar e eólica devido à falta de infraestrutura.

De acordo com o documento “O setor elétrico brasileiro e a sustentabilidade no século 21: oportunidades e desafios”, produzido por especialistas da área ambiental e técnicos de ONGs como WWF, Greenpeace e Instituto Socioambiental (ISA), gargalos técnicos impedem o crescimento dessas modalidades consideradas limpas.

O texto diz que a falta de estrutura para transmissão e distribuição de energia eólica inviabiliza a instalação de mais torres pelo país. Segundo dados do Atlas Eólico Brasileiro, o país tem potencial para gerar 143 GW apenas com a força dos ventos, número que é 12 vezes maior que a capacidade instalada da futura usina hidrelétrica de Belo Monte, em construção no Rio Xingu, no Pará.

Outro entrave citado no documento está ligado à falta de mão-de-obra e de tecnologias para suprir o setor, o que inviabilizaria uma “arrancada” na expansão desta forma de geração de eletricidade. Sobre a energia solar, o relatório aponta que se fosse aproveitada a luz solar para consumo elétrico em menos de 3% da área urbanizada do Brasil, seria possível atender a 10% de toda a demanda atual de energia elétrica do país.

No entanto, projetos do governo que implantam placas solares em regiões distantes dos grandes centros consumidores torna inviável economicamente a construção de redes de transmissão. “Os maiores entraves ao aproveitamento e à expansão da energia solar no Brasil seguem sendo a falta de incentivos e políticas públicas que consolidem a indústria e o mercado”, informa o documento.
Usinas eólicas instaladas no Rio Grande do Sul (Foto: Divulgação/ABEEólica)Usinas eólicas instaladas no Rio Grande do Sul
Desperdício e custo maior ao consumidor
O texto faz críticas à política brasileira de geração de energia por hidrelétricas e aponta possíveis prejuízos ao meio ambiente e a culturas indígenas devido a implantação de empreendimentos na Amazônia.

O relatório afirma também que o país tem registrado grandes perdas de quantidades de energia elétrica devido a problemas no sistema de transmissão elétrico. Baseado em dados Tribunal de Contas da União (TCU), o documento diz que em 2004 as perdas técnicas (causadas pelas peculiaridades do sistema) e comerciais (por exemplo, instalação de "gatos") de energia no país foram de 20,28% do total gerado.

O índice supera em muito os registrados em países vizinhos como Chile (5,6%) e Colômbia somadas (11,5%%) no mesmo período. Ainda segundo o relatório, tais perdas teriam causado um reajuste de ao menos 5% na tarifa ao consumidor.
 
Energia solar é alternativa para obter eletricidade em meio à reserva ambiental (Foto: Mariane Rossi/G1)Energia solar é alternativa para obter eletricidade em meio a reserva ambiental. Distância de grandes centros consumidores inviabiliza instalação de redes transmissoras
Perda é inevitável, diz operador nacional
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a perda técnica é inevitável e está associada ao processo de transmissão. Segundo o órgão, o aquecimento dos cabos durante as transmissões provoca tais extravios, considerados naturais e com índices que se igualam a padrões mundiais.

Sobre as perdas comerciais, o ONS afirma que é um problema que deve ser resolvido pelas distribuidoras, já que seriam provocadas por vários fatores, entre eles, ligações clandestinas (conhecidas como gatos) em diversas cidades.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), entre 2007 e 2010 as perdas técnicas de energia no país atingiram índice de 7%. A Aneel não divulgou o percentual de perdas comerciais para o mesmo período.

Emissões mundiais de CO2 sobem em 

 

 

 

2011 e batem recorde, diz instituto

 

Instituição alemã aponta aumento de 2,5% no dióxido de carbono global.
Brasil está entre os 15 países que mais emitem CO2, segundo organização.

As emissões globais de dióxido de carbono em 2011 atingiram novo recorde e subiram para 34 bilhões de toneladas, 2,5% a mais do registrado em 2010, informou nesta terça-feira (13) o Instituto de Energia Renovável da Alemanha (IWR).
O IWR, que fornece consultoria para ministérios alemães, mencionou a atividade recuperada da indústria após o fim da crise econômica global dos últimos anos para justificar o aumento. "Se a tendência atual for mantida, as emissões mundiais de CO2 irão subir outros 20%, para mais de 40 bilhões de toneladas, até 2020", afirmou o diretor do instituto, Norbert Allnoch.
A metrópole chinesa de Wuhan foi coberta por nuvem amarelada espessa nesta segunda (11). Aumentando os temores de poluição entre seus nove milhões de habitantes. (Foto: AFP)Poluição cobre atmosfera da cidade chinesa de Wuhan, com cerca de 9 milhões de habitantes (Foto: AFP)
A China liderou a lista de países emissores em 2011, com 8,87 bilhões de toneladas de CO2, aumento em relação aos 8,33 bilhões lançados na atmosfera em 2010. A produção de dióxido de carbono na China foi 50% maior que as 6,02 bilhões de toneladas produzidas pelos Estados Unidos no ano passado. A Índia ficou em terceiro, na frente de Rússia, Japão e Alemanha.
PaísEmissão de CO2 em 2011 (em toneladas)
China8,87 bilhões
EUA6,02 bilhões
Índia1,78 bilhão
Rússia1,67 bilhão
Japão1,31 bilhão
Alemanha804 milhões
Coreia do Sul739 milhões
Canadá628 milhões
Arábia Saudita609 milhões
Irã598 milhões
Grã-Bretanha513 milhões
Brasil488 milhões
México464 milhões
Indonésia453 milhões
África do Sul452 milhões
Fonte: IWR/Ministério da Economia da Alemanha
 BrasilO Brasil é o 12º em emissão de CO2, segundo o ranking produzido pela IWR. O país liberou 488 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera em 2011, mais do que México (464 milhões), Indonésia (453 milhões) e África do Sul (452 milhões).
Em maio, a Agência Internacional de Energia havia afirmado que as emissões globais de CO2 cresceram 3,2% desde o ano passado. A liberação do gás na atmosfera havia subido para 31,6 bilhões de toneladas.
O IWR vem apresentando propostas para frear o aumento do uso de combustíveis fósseis e estabilizar as emissões globais do dióxido de carbono, ao relacionar a produção de cada país ao investimento obrigatório em equipamentos para proteger o clima e energia renovável.
As emissões mundiais de CO2 estão 50% acima do nível de 1990, ano tomado como base pelo Protocolo de Kyoto sobre o clima. O primeiro período de duração do protocolo termina em 31 de dezembro e seguirá direto para um novo período de compromissos.
A extensão do novo período de compromissos deve ser decidida quando líderes mundiais encontrarem-se em Doha, este mês, para uma cúpula da ONU sobre esforços globais para enfrentar a mudança climática.
A cúpula da ONU tem como objetivo finalizar um novo acordo até 2015 para redução de emissões, que entraria em vigor em 2020.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012


Top 10: países mais sustentáveis do mundo


O Índice de Desempenho Ambiental (EPI - Environmental Performance Index) 2010 ranqueou 163 países em 25 indicadores divididos em dez categorias que abrangem saúde ambiental e vitalidade do ecossistema. Esses indicadores fornecem dados para os países estabelecerem suas metas de políticas ambientais. Maiores informações podem ser encontradas no site da Yale University, onde é possível visualizar a pontução de cada país em um mapa interativo. Veja os dez países que se destacaram:

1 - Islândia
A Islândia é conhecida por obter praticamente toda sua energia de fontes renováveis. Eles são ricos em recursos geotérmicos e rios ideais para a construção de usinas hidroelétricas.
Top 10: países mais sustentáveis do mundo

2 - Suíça
A Suíça está entre os países europeus que mais investem em soluções sustentáveis. 

Top 10: países mais sustentáveis do mundo

3 - Costa Rica
A Costa Rica possui programas de conservação de suas florestas. Eles reconhecem que um dos seus recursos mais importantes devem ser protegidos.

Top 10: países mais sustentáveis do mundo

4 - Suécia
Os países escandinavos investem pesado quando o assunto é preservação do meio ambiente. A Suécia lidera entre os países daquela região em fontes alternativas de energia limpa, transporte público eficiente e saúde da população.

Top 10: países mais sustentáveis do mundo

5 - Noruega
Assim como a Suécia, a Noruega possui uma política pública preservação do meio ambiente exemplar.

Top 10: países mais sustentáveis do mundo

6 - Ilhas Maurício
Essa ilha africana possui um ministério para cuidar da limpeza do arquipélogo.

Top 10: países mais sustentáveis do mundo

7 - França
A França tem uma reputação de seu eco-esnobismo, o uso energia nuclear é muito controversa, que apesar de não gerar resíduos nucleares, não produz quaisquer emissões de carbono.

Top 10: países mais sustentáveis do mundo

8 - Áustria
O países dos alpes europeus é conhecido por sua limpeza e preservação.

Top 10: países mais sustentáveis do mundo

9 - Cuba
Águas limpas e claras são um grande motivo desta maravilhosa ilha do Caribe estar na lista.

Top 10: países mais sustentáveis do mundo

10 - Colômbia
A Colômbia é o país que vem mais se destacando na América do Sul. Suas políticas de segurança e turismo vem mudando a imagem ruim que o país tinha causadas pelo tráfico de drogas e violência das cidades grandes.

Top 10: países mais sustentáveis do mundo




Brasília testa ônibus elétrico chinês para a Copa de 2014

 

 

São Paulo - De olho no meio ambiente e na Copa do Mundo 2014, a capital federal vai testar um ônibus 100% movido a eletricidade. Nos próximos três meses, especialistas da Universidade de Brasília (UNB) e população poderão avaliar a eficiência do veículo que, além de usar fonte de energia renovável, promete reduzir a poluição sonora. 

Fabricado na China, onde circulam cerca de 1,8 mil ônibus elétricos, o modelo funciona com um conjunto de baterias de 538V, que garantem ao coletivo percorrer até 150 quilômetros numa única recarga.
Cada bateria leva de uma a três horas para ser recarregada e tem vida útil de pelo menos cinco anos. O ônibus possui ar-condicionado e capacidade para transportar 60 pessoas – 28 sentadas, 31 em pé e um espaço para cadeirante.
Se o desempenho do ônibus elétrico agradar, a intenção é trazer para Brasília a fábrica que produz o veículo ecológico, para modernizar o sistema de transporte urbano.
A introdução de veículos elétricos e híbridos no transporte coletivo também faz parte do acordo celebrado entre o governo do Distrito Federal e a Federação Internacional de Futebol (FIFA) para a Copa do Mundo de 2014. A meta é que essa frota transporte torcedores e turistas do aeroporto ao Setor Hoteleiro e ao Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

Austrália está disposta a assinar 2ª fase do Protocolo de Kyoto

A Austrália, país que é grande emissor de gases que provocam efeito estufa, anunciou nesta sexta-feira que está disposta a comprometer-se com um segundo período do Protocolo de Kyoto.
"Hoje posso anunciar que a Austrália está pronta para unir-se a um segundo período de compromisso do Protocolo de Kyoto", afirmou o ministro australiano do Clima, Greg Combet.
A Austrália tem um dos maiores índices de poluição per capita no mundo, pela forte dependência da mineração e das exportações de carvão. A maior parte da energia elétrica do país procede de centrais que funcionam com carvão.
O Protocolo de Kyoto, assinado em 1997 e que entrou em vigor em 2005, é o único instrumento legal que impõe metas de redução de gases que provocam o efeito estufa a quase 40 países, com a notável exceção dos Estados Unidos, país que não ratificou o acordo.

 

domingo, 11 de novembro de 2012




Liga das florestas

Greenpeace




A Liga das Florestas precisa de heróis. A fauna e a flora brasileiras estão em risco, e com elas o futuro do Brasil. Mas você pode ajudar a salvá-los. O Greenpeace lança, com outras organizações, um 
projeto de lei popular pelo desmatamento zero de nossas matas. Ao assinar a petição no site, e ao compartilhar e estimular seus amigos a fazerem o mesmo, você acumula pontos, ajuda a proteger um dos bens mais preciosos que o Brasil possui e ainda ganha prêmios. Participe: http://www.ligadasflorestas.com.br/?utm_source=p3&utm_medium=ciberativismo-p3&utm_term=091512_1109&utm_campaign=amazonia

     ASSINE PELO DESMATAMENTO ZERO

Juntos podemos levar para o Congresso uma lei popular pelo fim da destruição das florestas. Entre na Liga das Florestas. Assine, compartilhe, ajude a salvar a flora e a fauna nacionais e participe da construção de um futuro verde para o Brasil.


Energia: pequenos avanços, grandes retrocessos



O Ministério de Minas e Energia colocou em consulta pública nesta segunda-feira (24) a versão preliminar do Plano de Expansão Decenal de Energia de 2021. O plano, que é atualizado anualmente e que prevê os rumos energéticos do Brasil para os próximos dez anos, apresenta avanços em relação às edições anteriores, mas mantém outros tantos retrocessos.

Uma das constantes do plano nos últimos anos é a de superestimar o PIB médio para a década. Jogar o indicador para cima resulta em uma demanda energética inflada, superior ao que o país realmente necessitará no futuro. A cada ano, o plano tenta redimensionar as projeções energéticas do ano anterior, mas insiste em fazer previsões econômicas otimistas. O plano atual prevê que a demanda de eletricidade se espandirá em 52% na próxima década, por consequência de um PIB médio de 4,7% no período.
A expansão do sistema elétrico para atender a essa demanda projetada deve dividir-se entre grandes hidrelétricas (50,4%), termelétricas fósseis e nucleares (15,6%) e fontes renováveis como eólicas, PCHs e biomassa (34%). Em relação às primeiras, deverão ser construídos 33 mil MW em hidrelétricas, a maior parte delas na Amazônia. As consequências diretas são o alagamento de uma área de 6.456 km2 (afetando diretamente 62 mil pessoas), e a perda de 3.450 km2 de vegetação nativa, o que equivale a cerca de metade do que é desmatado por ano na Amazônia. 
As novas energias renováveis (eólicas, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas) têm sua participação aumentada na matriz elétrica em 2021 para 19,8% (contra 15,9% na edição anterior), com investimentos previstos acompanhando essa expansão – de R$ 62,1, no plano anterior, para R$82,1 bilhões.
Infelizmente, estas projeções e investimentos não incluem a energia solar, o que é um sinal ruim para um setor que se prepara para se desenvolver no Brasil, com o recente anúncio de uma regulamentação específica pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A fonte conta com um potencial energético dezenas de vezes maior do que qualquer opção, mas a EPE ainda usa o argumento dos altos custos para sequer considerá-la no horizonte de tempo de médio prazo.
Na parte das termelétricas, a boa notícia é que a projeção para térmicas a óleo combustível e diesel foi reduzida, por conta de usinas leiloadas que não se concretizaram. Mas a má noticia é que a usina nuclear de Angra 3 continua nos planos e outras novas plantas apenas não foram incluídas por conta do curto horizonte de tempo (dez anos é pouco para definir local e executar toda a construção).
A principal alternativa à expansão de usinas insustentáveis, a adoção de medidas de eficiência energética, foi novamente minimizada no plano. A ambição da redução do consumo energético como consequência da implementação de ações de eficiência é de 5,9% até 2021. O número poderia ser mais alto apenas com o aumento da participação de aquecimento solar em residências, sem contar com outras ações de substituição de equipamentos e revisão de hábitos de consumo.
No campo dos combustíveis, verifica-se algumas contas que não fecham. O governo usa o trunfo do etanol e dos biocombustíveis como uma das principais formas de reduzir as emissões do setor de transportes. Consequentemente, o plano segue a premissa de que a oferta do etanol aumentará e o tornará novamente competitivo frente à gasolina. O problema é que os investimentos previstos para tanto caíram sensivelmente em relação à cifra anterior (R$71 bilhões contra R$ 97 bilhões no plano anterior).
E os já elevados investimentos previstos para petróleo e gás natural aumentaram e a previsão é de que totalizem R$749 bilhões nos próximos dez anos (superior aos 686 bilhões do PDE anterior). Elevar os investimentos em combustíveis fósseis equivale a aumentar sua queima, uma das responsáveis pelas emissões de gases estufa que causam as mudanças climáticas. 
O diagnóstico geral para o Plano de Expansão Decenal de Energia 2012-2021 é de que, apesar de alguns avanços em relação à versão anterior, boa parte de suas premissas e previsões, criticadas há anos pela academia e sociedade civil, continuarão a exercer altos impactos ao meio ambiente e à sociedade nos anos por vir.

O furacão Sandy e os compromissos dos EUA




Após dois anos de campanhas presidenciais nas quais os candidatos Obama e Mitt Romney mal abordaram o tema do aquecimento global e das mudanças climáticas, o furacão Sandy resolveu aparecer na Costa Leste dos Estados Unidos às vésperas das eleições para que o problema não possa ser ignorado.
O Sandy é um exemplo do que o mundo pode esperar de evento climático se as mudanças climáticas se intensificarem e os impactos sociais esperados são severos. "Tempestades estão comprometendo seriamente a segurança de populações, precisamos de uma política eficaz para as emissões de gases estufa e para o clima mundial", afirmou Kert Davis, chefe do Departamento de Pesquisa do Greenpeace Estados Unidos. 
Água e ar mais quentes intensificam e prolongam perigosas tempestades. Estas têm se tornado mais frequentes e severas, e vão comprometer cada vez mais a segurança americana e a segurança econômica caso os Estados Unidos não revejam suas emissões de gases estufa e suas políticas climáticas.
“Os dois candidatos presidenciais não se pronunciaram sobre as mudanças climáticas, mas o silêncio será difícil de ser mantido quando o furacão Sandy e outros eventos climáticos extremos estão se tornando parte da realidade dos americanos”, disse Davies.  “Obama e Mitt Romney deveriam planejar-se não apenas para lidar com eventos climáticos extremos, mas também para reduzir as emissões e prevenir os efeitos catastróficos das mudanças climáticas”.
 Apesar de polêmicas e protestos, obras em Belo Monte continuam

Mesmo depois de várias polêmicas e constantes protestos, a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte segue com todo vapor. Aproximadamente 15% das obras do empreendimento, localizado na região do Xingu, no sudoeste do Pará, já foram concluídos. O local deve gerar energia para todo o Brasil.
O sítio Belo Monte é o principal canteiro de obras da hidrelétrica, onde vai funcionar o coração da usina. É onde está em construção a casa de força principal do empreendimento, onde vão funcionar 18 turbinas, com capacidade para gerar cerca de 11 mil megawatts (MW) de energia elétrica.
Um paredão que ficará a 100 metros do nível do mar também está sendo construído. A partir do ponto onde estará localizado, mais 67 metros de estrutura maciça serão construídos, o equivalente a um prédio de 22 andares. A construção terá 210 metros de largura e, quando ficar pronta, pelo menos 22 metros de profundidade, que serão cobertos por água.
Outra obra que está em fase de construção é o canal de derivação, por onde será feito o desvio do leito do rio Xingu e vai passar toda a água que deve gerar a energia de Belo Monte. A obra deve demorar pelo menos cinco anos para ficar pronta.
Mais de 250 homens do Exército participaram de um treinamento na área do Sítio Pimental, onde é feito o barramento do rio Xingu. O local já foi invadido por manifestantes contrários a obra e indígenas. Os militares simularam uma operação para ocupar as instalações do canteiro e garantir o funcionamento da obra em caso de situação de conflito.
A usina
A Usina Hidrelétrica de Belo Monte está sendo construída no rio Xingu, no sudoeste do Pará, com um custo previsto de R$ 19 bilhões. O projeto tem grande oposição de ambientalistas, que consideram que os impactos para o meio ambiente e para as comunidades tradicionais da região, como indígenas e ribeirinhos, serão irreversíveis.


sábado, 10 de novembro de 2012

Um pouco sobre as unidades de conservação ambiental.
Mudanças climáticas

As projeções do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC – sigla em inglês) da ONU sobre o aquecimento do planeta foram fundamentais para alertar a sociedade e os governos para a questão.

Segundo os estudos realizados pelo grupo, que reúne cientistas do mundo todo, nos próximos 100 anos poderá haver um aumento da temperatura média global entre 1,8ºC e 4,0ºC. Além disso, o nível médio do mar deve subir entre 0,18 m e 0,59 m, o que pode afetar significativamente a atividade humana e os ecossistemas terrestres.

Para se ter uma ideia de como o processo de aquecimento da Terra está acelerado, basta saber que o planeta demorou 10 mil anos para que a temperatura aumentasse 5ºC. Agora pode levar apenas 200 anos para aumentar mais 5°C.

Moradores de grandes cidades sofrem com chuvas e inundações

Com o objetivo de projetar as consequências desse fenômeno para o Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), traçou dois cenários: um pessimista, que estima aumento da temperatura no País entre 4ºC e 6°C, e outro otimista, com alta entre 1ºC e 3°C.

As duas projeções apontam para diminuição do volume de chuvas na região Norte, aumento da temperatura no Centro Oeste, seca no Nordeste, aumento de extremos de seca, chuva e temperatura no Sudeste e aumento do volume de chuvas no Sul, mas com alta evaporação por causa do calor, o que afeta o balanço hídrico.

“Essas alterações climáticas causam aumento do número de eventos extremos, ou seja, passam a ocorrer mais vezes chuvas fortes, por exemplo, que provocam enchentes e deslizamentos”, afirma o geólogo Eduardo Macedo.

“O Brasil tem uma legislação que lida com essa questão, além dos projetos de preservação ambiental”, ressalta a diretora de Mudanças Climáticas do Ministério de Meio Ambiente, Karen Suassuna, referindo-se à Política Nacional sobre Mudança do Clima, que estabelece metas como a redução da emissão de gases de efeito estufa entre 36% e 39% até 2020, tendo como base as emissões previstas para aquele ano.

Multidisciplinar

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) possui hoje 13 subprojetos voltados para o estudo das mudanças climáticas, com o objetivo de produzir conhecimento sobre o assunto de uma forma que seja acessível aos tomadores de decisão.

Para Paulo Nobre, pesquisador do INCT, as mudanças climáticas afetam a economia, as energias renováveis, o meio ambiente, a saúde. Por isso, o desafio é tratar o tema de forma multidisciplinar, quantificar os efeitos e incorporar as políticas públicas.

O geólogo Macedo acredita que é cedo para relacionar os atuais eventos climáticos com o aquecimento global. E alerta: “Diminuir a emissão dos gases não vai fazer o fenômeno parar. Vai demorar mais 100 anos para o planeta voltar ao que era antes. Nós temos que nos adaptar à nova realidade”.