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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013


Efeitos climáticos mataram até 17% mais árvores na Amazônia   


Imagem divulgada pela Nasa mostra os efeitos da seca de 2005, vistos até hoje na Floresta Amazônica Foto:  / Nasa

Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) em parceria com o Laboratório Nacional de Berkeley, dos Estados Unidos, aponta que de 9% a 16,9% da mortalidade de árvores na Amazônia é omitiva em análises convencionais, baseadas apenas em inventários florestais. Segundo o estudo, as árvores mortas em decorrência de tempestades, secas e outros efeitos climáticos não são devidamente contabilizadas nas análises comuns.
Liderada pelo pesquisador americano Jeffrey Chambers, a pesquisa foi publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). De acordo com o Inpa, os cientistas analisaram uma área de 1,5 mil quilômetros quadrados nas proximidades de Manaus (AM), combinadas com imagens de satélite de uma série histórica de 20 anos de trabalho em campo.
"Para entender o papel da floresta amazônica nas trocas gasosas entre biosfera e atmosfera, as informações precisam ter escala espacial e temporal e não há como entender este papel sem a combinação de trabalhos de campo e sensoriamento remoto", diz a pesquisa.
Para o pesquisador do Inpa Niro Higuchi, os reusltados do estudo mostram que a região precisa se preparar para possíveis mudanças no ambiente. "Diante das mudanças climáticas globais, a Amazônia tem que se preparar para as devidas adaptações. Para isto, é preciso dimensionar as vulnerabilidades da região, quando submetida a eventos catastróficos como tempestades severas e secas prolongadas, além das intervenções antropogênicas (humanas)", afirmou.
Ainda segundo os autores do artigo, "como é bem provável que as mudanças climáticas pretéritas continuem causando tempestades e secas cada vez mais intensas no presente e no futuro, o entendimento dos seus efeitos sobre as florestas tropicais se torna imprescindível".

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